Bate e volta: Um dia em Terrassa
Pela proximidade com Barcelona, é uma ótima sugestão para um bate e volta. É possível chegar a Terrassa em trem, ônibus e carro. Da plaza Cataluña até a estação de trem de Terrassa são 44 minutos, com o trem de cercanias R4. Em carro se chega em 20 minutos.
Eu tinha muita vontade de conhecer Terrassa pelas fotos que via no instagram. O que mais me chamava a atenção era a casa modernista conhecida como Masía Freixa. No entanto, Terrassa tem muito mais para ver. Foi isto que descobri em um dia na cidade.
Durante o nosso passeio, conseguimos ver três coisas na cidade: Masía Freixa, Museu de la Ciència i de la Tècnica e o centro histórico. Ficou faltando o Castillo Cartuja e algumas igrejas românicas da região. Passamos muito tempo no museu da ciência, que é enorme, e por isto não tivemos tempo de explorar outros lugares. Mas tudo bem! Assim, temos motivos para voltar.
Masía Freixa:
É um edifício de estilo modernista, construída em 1896 para ser uma fábrica de fio. Entre os anos de 1907 e 1914 foi reformada, pelo arquiteto Lluís Muncunill i Parellada, para ser a residência da família do industrial têxtil Josep Freixa.
O modernismo é um estilo arquitetônica muito usado na Catalunha, no final dos séculos XIX e XX, adotado para ostentar a riqueza gerada pela industrialização. Uma das características marcante deste estilo é o uso de cerâmicas coloridas, vitrais e ferro fundido.
A Masía Freixa, que tem inspirações gaudinianas, chama a atenção pelos arcos, pela cor branca das paredes e as cúpulas do teto. A casa é uma das grandes atrações da cidade. Ela está no Parque Sant Jordi e pode ser visitada de segunda a domingo, às 12h, de forma gratuita.
Mesmo que você não consiga fazer a visita interna da casa, só passear por fora e observar os detalhes já vale a pena.
Museu de la Ciència i de la Tècnica:
É um dos museus mais completos que já vi na vida sobre a temática. Para começar ele está alojado em um dos edifício mais importantes da cidade de Terrassa, a antiga fábrica de tecidos de lã Vapor Aymerich, Amat i Jover.
O nome da empresa é o sobrenome dos três sócios fundadores e vapor é uma referência ao uso da máquina a vapor na produção de tecidos. Na época, o edifício foi considerado uma grande evolução, já que era algo bonito, funcional e produtivo. Foi construído pelo arquiteto Lluís Muncunill i Parellada.
O museu contata com exposições permanentes e temporais. A permanente nos leva a passear pelo mundo das energias, das fábricas têxtil, do corpo humano, da química, dos computadores, dos transportes e pelo início do universo.
Durante a visita encontramos objetos antigos, reconstruções históricas, muitas explicações e partes interativas. Além disto, o museu é muito grande e por isto ficamos tanto tempo dentro. Eu fiquei bem encantada e queria ler tudo e observar com atenção. A visita me fez pensar muito sobre o no nosso dia a dia e como a nossa sociedade evoluiu na produção de energia e na indústria.
O museu conta com um acervo muito legal de motos da empresa Montesa, uma marca catalã, e muitos carros antigos. Pirei nesta parte também. Até avião tem dentro e reprodução de um posto de gasolina antiga.
A parte que mais gostei, e que vi mais rápido por causa do tempo, foi a exposição da indústria têxtil. Como o lugar era uma fábrica de fios, vemos o vapor que movia os teares e todos os processos de produção dos fios, do começo ao fim. Esta parte é muito interessante para entender a revolução industrial e as condições de trabalho dos operários no final dos séculos XIX e XX.
O museu é super indicado para crianças, pois é um lugar com muito conhecimento e informação. É uma forma divertida e visual de seguir aprendendo.
Fomos a este museu no sábado e chegamos por volta das 13h. Como fecha às 14h30 e volta a abrir às 16h30, nos deixaram voltar a tarde sem pagar uma nova entrada.
Entradas:
Geral: 4,50.
Menores de 25 anos e maiores de 65 anos: 3,50
Menores de 8 anos entrada grátis.
Horários:
De terça a sexta: 9h às 18h
Sábado: 10h às 14h30 – 16h30 às 20h30
Domingo e feriados: 10h às 14h.
Centro histórico:
Passear pelo centro histórico de Terrassa é uma delícia e um convite a observar as pessoas e os edifícios. Como fomos em um sábado, o centro estava tranquilo e tinha bastante gente passeando, comprando no mercado e na feira de roupas em frente a igreja.
Terrassa, como muitas cidades europeias, foi fundada pelo romanos, mas não conta com nenhum vestígio da passagem deste povo. No centro da cidade predomina o estilo modernista, exibindo os tempos de riqueza industrial.
Pontos a visitar no centro:
Mercat de la Independencia: É um mercado público, construído em ferro, com clarabóias de vidro que iluminam o interior. Tem um estética bem modernista e que se repete em vários mercados públicos da região de Barcelona. No interior encontramos banquinhas de frutas, verduras, carnes e peixes. É um ótimo lugar para os amantes da gastronomia local e curiosos.
Ayuntameinto de Terrassa: O prédio da prefeitura foi construído entre os anos de 1900 e 1902 pelo arquiteto Lluís Muncunill i Parellada. O edifício tem um estilo neogótico, muito utilizado pelos arquitetos modernistas. As pedras usadas vieram da pedreira do Montjuïc, em Barcelona.
Torre del Palau: É uma torre de observação medieval, construída no século XII, com o objetivo de controlar os caminhos que comunicavam Barcelona com o interior da Catalunha. Dentro da torre tem um centro de interpretação da Terrassa Medieval. Não pude visitar porque estava fechado.
Para chegar a torre é preciso descer pela carrer cremat, que está bem em frente a prefeitura, e entrar em uma praça à esquerda.
Casa Alegre de Sagrera: é uma casa modernista de uma rica família de industriais, cujo dinheiro vinha da produção de tecidos. Eu não visitei, mas pelas fotos que vi é bem linda.
Neste link você pode saber mais sobre a casa.
Plaça Vella: É o núcleo antigo da cidade, onde está a catedral. Fica perto da torre, pois a cidade começou a se formar em volta do antigo castelo de defesa.
A praça está cheia de bares e restaurantes tradicionais, como o café Colón. Quando visitei a cidade, no centro da praça acontecia uma feira de roupas e acessórios.
A catedral foi construída entre os anos de 1574 e 1616 em estilo gótico tardío. Durante a guerra civil espanhola, 1936 – 1939, foi queimada e convertida em garagem. Ao terminar a guerra foi reformada e voltou a ser igreja.
Dica: Em Terrassa acontece uma das feiras modernista mais famosas da Catalunha. No segundo final de semana de maio, seus moradores revivem a cidade de 100 anos atrás. Voltam ao período de gloria do Modernismo e da industrialização recriando atividades e vida quotidiana. Durante o evento tem atividades infantis e entradas gratuitas nos museus.
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Poxa, se eu soubesse! Teria ido!
Oh que pena! Fica para a próxima.